sábado, 27 de dezembro de 2014

EMPRESA “CONSTRUIR” DE ITACOATIARA É INVESTIGADA

Com base em irregularidades apontadas pelo TCE, o MP busca, na Justiça, recuperar mais de R$ 20 milhões referentes a obras contratadas pela Seinfra há cinco anos. Um dos problemas apontados é a não realização de parte dos serviços previstos nos contratos. Processo movido pelo MP aponta irregularidade em pacote de obras contratadas, em 2009, pela Secretaria Estadual de Infraestrutura.


O Ministério Público do Amazonas (MP-AM) quer a devolução de um montante de R$ 23,6 milhões -  referente a cinco contratos realizadas  pela Secretaria de Estado de Infraestrutura (Seinfra) em 2009, durante a  gestão de Wadívia Alencar, que permanece à frente da pasta até hoje. O caso é alvo  de uma ação  civil pública que está  na 3ª Vara da Fazenda Estadual desde o fim de agosto deste ano.

A promotora Vandete de Oliveira  Netto, autora da ação, quer a condenação por improbidade administrativa de Waldívia Alencar e, Orlando mattos, que também esteve à frente da Seinfra, e de mais oito pessoas entre engenheiros, fiscais da Seinfra, executivos e empresários das  construtoras   responsáveis pelas obras por “enriquecimento ilícitos” e dano aos cofres públicos. Vandete de Oliveira Netto também pede a condenação das  cinco empresas contratadas por responsabilidade solidária e a indisponibilidade de bens e valores dos réus.

Nas mãos do juiz Everaldo da Silva Lira, a ação é fundamentada em um inquérito instaurado em 2011 pelo MP-AM com base em um parecer do Ministério Público de Contas (MPC), de autoria do procurador Ruy Marcelo Alencar, referente à prestação de contas de 2009 da secretaria do Tribunal de Contas do Estado do Amazonas (TCE-AM).

Tanto o inquérito do MP-AM quanto as inspeções feitas pelos técnicos do departamento de engenharia do setor de controle externo do TCE-AM, por solicitação  do MPC, chegaram às mesmas  conclusões. Entre as principais irregularidades estão a ausência de laudos que  justificassem os valores  pagos e a não comprovação de execução de parte das obras previstas nos contratos e aditivos.

Conforme as investigações, apresentam irregularidades que resultaram em prejuízo aos cofres públicos os contratos celebrados entre  a Seinfra e as empresas: Construtora Soma Ltda, para execução de serviços  de combate a erosão em bairros de Manaus; Construtora  Ponctual Corporation Ltda, para execução de obras e serviços de engenharia para infraestrutura viária da sede do Município de Canutama; Construir Indústria de Cerâmica e Construções Ltda, para execução de obras de engenharia para infraestrutura viária da sede de Autazes;  Plastiflex Empreendimentos da Amazônia Ltda, também para obras viárias  em Novo Aripuanã; e Tarumã Construções e Terraplanagem  Ltda, para a execução de obras e serviços de  manutenção            nas  rodovias AM-070, AM 352 e na Rodovia Carlos Braga em  Iranduba.

Na ação civil, a promotora aponta ainda irregularidades em outros 10 contratos firmados pela Seinfra em 2009. As principais irregularidades encontradas são ausência de laudos e documentos  básicos.

15 Contratos – Com irregularidades são listados na ação. Destes cinco são apontados, pela promotora de Justiça, como causadores de “evidentes prejuízos ao erário”. A ação também aponta destinação não comprovada de R$ 478,4 mil de transações bancárias.

Acusados na ação de improbidade – Waldívia Alencar, Orlando matos Junior, Raimundo Vieira, Josias Mesquita, Mauro Mansur, João Azevedo Sodré, Francisco Marques, Andrei Machado, Otávio Raman Neves, Aydamo Silva Campos, Tarumã Construções, Plastiflex Empreendimentos, Construtora Ponctual, Construtora Soma e Construir  Indústria de Cerâmica e Construções Ltda.

Prezados Leitores do Candiru – vocês lembram que quando começou a Segunda Etapa da Orla (àquela belezura) feita de barro e areia – o Candiru denunciou esta Empresa Construir que ela não poderia entrar em Licitações porque não podia tirar “Certidão Negativa” na Receita Federal. Mas mesmo assim esta Empresa que já havia construído a Primeira Etapa da Orla – ganhou a Licitação e fez àquela porcaria da Segunda Etapa da Orla... Agora o  Ministério Público cobra a devolução do dinheiro de obras não acabadas no Município de Autazes...

Vejam o que diz a continuação da matéria do Jornal A CRÍTICA.... Julgamento está parado no TCE – No site do TCE-AM, é possível verificar que o processo referente à prestação de contas de 2009 da Seinfra está parado na Secretaria do pleno desde o dia 08 de julho deste ano. O relator do processo é o conselheiro  Júlio Pinheiro. De acordo com o órgão, não há previsão de julgamento. Na ação civil, Vandete Netto ressalta que até a data de ingresso, agosto deste ano, o TCE-AM ainda não havia julgado a prestação, mas   que apesar disso “restou incontroverso após relatórios conclusivos do Ministério Público de Contas e da Comissão de Inspeção da Diretoria de Controle  Externo  de Obras Públicas do TCE-AM a existência de irregularidades gravíssimas nas contas”.

A promotora afirma que os ordenadores de despesa de pasta ignoram os requisitos impostos pela Lei das Licitações  (8.666/2013) e atuaram por meio de medidas administrativas desreguladas com os princípios norteados da Licitação.

Ela também aproveita para  relatar que a Seinfra descumpre a norma prevista na Constituição Federal e na legislação estadual quanto ao número mínimo de servidores de carreira em cargo comissionado no órgão (apenas 21 de 112 cargos), além da falta de registro das declarações de bens dos servidores.
FRASE -  “Registre-se rombo gigantesco e obras pagas, não executadas. Descaso com o dinheiro público” – Ruy Marcelo de Alencar – Procurador do MPC.

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A reportagem do Jornal A CRÍTICA - foi feita pelo jornalista Luciano Falbo - o Título é: Ação Contra Secretaria cobra R$ 23,60 milhões. 

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