Caro Amigo: Rui Sá Chaves
Não sou assinante do seu jornal o “Candiru”, mas sou leitor
assíduo e acompanho semanalmente as noticias que rolam em nossa cidade e peço a
Deus que lhe dê sempre essa mesma
coragem dinamismo para continuar sendo o nosso verdadeiro e autêntico portador
da boa noticia.
Estou escrevendo esta nota de repúdio, contra o
funcionamento de alguns setores de atendimento do Hospital Jose Mendes, aqui de
nossa cidade. Uma verdadeira incompetência e porque não dizer “uma vergonha!”
Não generalizando é claro, pois lá têm muitos funcionários autênticos, que
temos até admiração e apreço por muitos. Por volta das 14h aproximadamente do
dia 16/12/2014, fui ao referido Hospital com problema de diarreia e mal-estar
no corpo. Após dar entrada, passei pelos procedimentos normais de triagem, sem
apresentar febre, ou pressão arterial alta ou baixa, tudo normal. Após o médico
diagnosticar a situação da enfermidade, encaminhou-me juntamente com a ficha
para o salão de atendimento a fim de receber a aplicação da medicação indicada.
Até ai tudo bem. A incompetência que aqui eu me refiro é da parte de algumas
funcionarias daquele setor. Quero aqui me referir a duas senhoras técnicas ou
não em enfermagem e que não sei precisar o nome das mesmas, que passaram
aproximadamente 30 minutos para aplicar um soro, neste paciente que também não
sabe precisar exatamente quantas furadas levou, mas acredita que em torno de
10(dez). Naquele momento até estava levando em consideração, pois minhas veias
são meio difíceis, mas para alguém profissional não é difícil. Acontece que
talvez, cansadas de tanto tentar e furar o paciente que já não estava mais
suportando aquele sofrimento, uma delas mandou que eu fosse a outra sala fora
da enfermaria e fingiu, isso mesmo, fingiu que teria pegado a veia central do
braço do paciente e meteu soro...
Assim foi o primeiro frasco e já no final do segundo eu
comecei a passar mal. Minha esposa foi imediatamente avisar que eu estava com
muita dor de cabeça e alta temperatura febril na região do pescoço. Uma das
duas senhoras veio ao meu encontro e
através do termômetro constatou febre alta, voltando em seguida com uma
injeção de dipirona para aplicar no soro, a fim de aliviar a dor de cabeça e a
febre. Foi quando ela detectou que o soro não estava penetrado pelas veias e
sim diretamente no meu músculo. Foi então que verificaram a gravidade do fato,
em face do meu braço já se encontrar
aproximadamente na grossura de um cano de 100 mm e que não sentia mais
nada, estava como se fosse uma tora de madeira, sem poder mexer.
Neste momento começou a aflição, pois pensei que estava
chegando à beira da morte e todos eles, digo, os funcionários que lá chegavam
para ver a situação, diziam que isso é assim mesmo, que iriam fazer compressas
geladas e logo voltaria ao normal. Isso era normal porque não era em nenhum de
seus familiares, pois o risco que eu passei foi muito grave, pois se ela
tivesse aplicado a dipirona, tenho certeza que ali seria o meu fim, porque
minha cabeça já dava sinais de que por muito pouco tempo ainda suportaria tanta
pressão, com os olhos avermelhados e o rosto como se estivesse saindo fogo.
Após algum tempo o medico atendendo ao pedido da minha
esposa foi me visitar. Então lhe perguntei em primeira mão: “Que sinal de positivo um técnico em
enfermagem tem quando atinge a veia do paciente?” O Dr. me respondeu: “Que é o sinal de sangue vindo em
direção de fora”. É sobre essa afirmação
que eu vou provar se for possível até nos mais altos Tribunais, com todas as
letras, que aquela funcionária não atingiu a minha veia, pois foram os meus
próprios olhos que a viram, ao encenar as tentativas dizendo que teria atingido
a minha veia, não de sangue ou se quer sinal de sangue na agulha, simplesmente
ela abriu o escarpo do soro e graduou-o em ritmo acelerado e para completar a
incapacidade cobriu quase toda a extensão do músculo do meu braço com
esparadrapo, talvez sabendo que iria inchar e como forma de não aparecer o
inchaço. Isso foi revoltante!
Então para finalizar minha nota de repúdio, aqui eu
pergunto: é esse o hospital de referência que supera até o Hospital Sírio
Libanês, em São Paulo? É esse o hospital que contratou uma empresa do Estado da
Bahia por R$ 52 milhões de reais para transformar em hospital de referência e
um dos melhores do Planeta Terra? Com técnicos de enfermagem cometendo
atentados contra a vida alheias, pelos quais tenham o direito e dever de zelar
pelos bons atendimento e recuperação da saúde de seus paciente?.
Para confirmar a tamanha incompetência dessas duas
funcionaria, fui ao laboratorial da Clinica Itacoatiara no dia seguinte, para
coletar sangue para novos exames laboratórios e a técnica que me atendeu, por
sinal muito gentil, ficou sensibilizado com o estado que eu me encontrava com
as mãos e braços com fortes hematomas de furadas, roxidão, veias estouradas e
braço ainda bastante inchado. E em apenas menos de um minuto, com uma furada,
retirou uma seringa inteira de sangue, sem dor, sem hematomas. Isso é
profissionalismo.
E aí, são essas as veias difíceis de encontrar, alegando
elas que era devido o meu estado de desidratação? Peço que a direção desse
hospital ou a Secretaria de Saúde, que tem o dever e a obrigação de admitir
pessoas capacitadas para ocupar tais posições se posicione em torno do caso ou
pelo contrario, muitas vidas ainda serão colocadas em jogo, ou quem sabe
quantas já foram ceifadas, por consequência desses procedimentos.
Esse é o meu repúdio, essa é a minha revolta.
R.N.L.S. - Bairro São Jorge.
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