sábado, 27 de dezembro de 2014

NOTA DE REPÚDIO


Caro Amigo: Rui Sá Chaves

Não sou assinante do seu jornal o “Candiru”, mas sou leitor assíduo e acompanho semanalmente as noticias que rolam em nossa cidade e peço a Deus  que lhe dê sempre essa mesma coragem dinamismo para continuar sendo o nosso verdadeiro e autêntico portador da boa noticia.

Estou escrevendo esta nota de repúdio, contra o funcionamento de alguns setores de atendimento do Hospital Jose Mendes, aqui de nossa cidade. Uma verdadeira incompetência e porque não dizer “uma vergonha!” Não generalizando é claro, pois lá têm muitos funcionários autênticos, que temos até admiração e apreço por muitos. Por volta das 14h aproximadamente do dia 16/12/2014, fui ao referido Hospital com problema de diarreia e mal-estar no corpo. Após dar entrada, passei pelos procedimentos normais de triagem, sem apresentar febre, ou pressão arterial alta ou baixa, tudo normal. Após o médico diagnosticar a situação da enfermidade, encaminhou-me juntamente com a ficha para o salão de atendimento a fim de receber a aplicação da medicação indicada. Até ai tudo bem. A incompetência que aqui eu me refiro é da parte de algumas funcionarias daquele setor. Quero aqui me referir a duas senhoras técnicas ou não em enfermagem e que não sei precisar o nome das mesmas, que passaram aproximadamente 30 minutos para aplicar um soro, neste paciente que também não sabe precisar exatamente quantas furadas levou, mas acredita que em torno de 10(dez). Naquele momento até estava levando em consideração, pois minhas veias são meio difíceis, mas para alguém profissional não é difícil. Acontece que talvez, cansadas de tanto tentar e furar o paciente que já não estava mais suportando aquele sofrimento, uma delas mandou que eu fosse a outra sala fora da enfermaria e fingiu, isso mesmo, fingiu que teria pegado a veia central do braço do paciente e meteu soro...

Assim foi o primeiro frasco e já no final do segundo eu comecei a passar mal. Minha esposa foi imediatamente avisar que eu estava com muita dor de cabeça e alta temperatura febril na região do pescoço. Uma das duas senhoras veio ao meu encontro e  através do termômetro constatou febre alta, voltando em seguida com uma injeção de dipirona para aplicar no soro, a fim de aliviar a dor de cabeça e a febre. Foi quando ela detectou que o soro não estava penetrado pelas veias e sim diretamente no meu músculo. Foi então que verificaram a gravidade do fato, em face do meu braço já se encontrar  aproximadamente na grossura de um cano de 100 mm e que não sentia mais nada, estava como se fosse uma tora de madeira, sem poder mexer.

Neste momento começou a aflição, pois pensei que estava chegando à beira da morte e todos eles, digo, os funcionários que lá chegavam para ver a situação, diziam que isso é assim mesmo, que iriam fazer compressas geladas e logo voltaria ao normal. Isso era normal porque não era em nenhum de seus familiares, pois o risco que eu passei foi muito grave, pois se ela tivesse aplicado a dipirona, tenho certeza que ali seria o meu fim, porque minha cabeça já dava sinais de que por muito pouco tempo ainda suportaria tanta pressão, com os olhos avermelhados e o rosto como se estivesse saindo fogo.

Após algum tempo o medico atendendo ao pedido da minha esposa foi me visitar. Então lhe perguntei em primeira mão:  “Que sinal de positivo um técnico em enfermagem tem quando atinge a veia do paciente?”  O Dr. me respondeu:  “Que é o sinal de sangue vindo em direção  de fora”. É sobre essa afirmação que eu vou provar se for possível até nos mais altos Tribunais, com todas as letras, que aquela funcionária não atingiu a minha veia, pois foram os meus próprios olhos que a viram, ao encenar as tentativas dizendo que teria atingido a minha veia, não de sangue ou se quer sinal de sangue na agulha, simplesmente ela abriu o escarpo do soro e graduou-o em ritmo acelerado e para completar a incapacidade cobriu quase toda a extensão do músculo do meu braço com esparadrapo, talvez sabendo que iria inchar e como forma de não aparecer o inchaço. Isso foi revoltante!

Então para finalizar minha nota de repúdio, aqui eu pergunto: é esse o hospital de referência que supera até o Hospital Sírio Libanês, em São Paulo? É esse o hospital que contratou uma empresa do Estado da Bahia por R$ 52 milhões de reais para transformar em hospital de referência e um dos melhores do Planeta Terra? Com técnicos de enfermagem cometendo atentados contra a vida alheias, pelos quais tenham o direito e dever de zelar pelos bons atendimento e recuperação da saúde de seus paciente?.

Para confirmar a tamanha incompetência dessas duas funcionaria, fui ao laboratorial da Clinica Itacoatiara no dia seguinte, para coletar sangue para novos exames laboratórios e a técnica que me atendeu, por sinal muito gentil, ficou sensibilizado com o estado que eu me encontrava com as mãos e braços com fortes hematomas de furadas, roxidão, veias estouradas e braço ainda bastante inchado. E em apenas menos de um minuto, com uma furada, retirou uma seringa inteira de sangue, sem dor, sem hematomas. Isso é profissionalismo.

E aí, são essas as veias difíceis de encontrar, alegando elas que era devido o meu estado de desidratação? Peço que a direção desse hospital ou a Secretaria de Saúde, que tem o dever e a obrigação de admitir pessoas capacitadas para ocupar tais posições se posicione em torno do caso ou pelo contrario, muitas vidas ainda serão colocadas em jogo, ou quem sabe quantas já foram ceifadas, por consequência desses procedimentos.

Esse é o meu repúdio, essa é a minha revolta.


R.N.L.S. - Bairro São Jorge.

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