sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

MURO DO AUTORITARISMO

Coluna do MB: Mário Benigno

Por que o muro caiu: há 25 anos, a barreira que dividia a Alemanha desmoronou:

O epilogo acima colhido do artigo publicado na revista VEJA de nº 2400 de 19.11.14 edição especial inspirou o escrevente digitar em forma de crônica que tem tudo a ver com o domínio politico de Itacoatiara.

O povo alemão após a última guerra mundial viu sua nação ser dividida em duas, Alemanha Ocidental e Oriental, 25 anos a duração do muro demarcatório erigido em concreto separando os germânicos, longos anos de sofrimento somente descansaram quando viram o muro da vergonha demolido.

A vida politica do itacoatiarense se coagula e muito bem com essa história, a barreira divisionária que se instalou no Legislativo local é abstrato ninguém vê percebível pelo comportamento dos vereadores com seus correligionários e o povo em geral impedidos pelo muro antidemocrático na maneira de legislar em beneficio da coletividade, ou seja, sem liberdade de ação.

O muro simbólico da Câmara Municipal de Itacoatiara dividindo, de um lado o antagonismo das ideologias de seus pares que ao longo dos anos se digladiaram como figuras decorativas da democracia, do outro lado àqueles que lhes confiaram o sufrágio popular verem seus ideais fragilizados pela gana do poder, os que têm fome de justiça não perderam as esperanças, deram o silencio como forma de protesto custou um pouco, mas a vitória democrática eclodiu n'uma eleição histórica que marcou época, assistiu o muro da vergonha da CM se desmoronar, não usaram picaretas nem marretas, puxaram a calça do líder que ordenhava regalias.

Nem a engenhosidade do Presidente da Douta Casa foi capaz de sustentar a barreira divisionária que existia no Poder Legislativo, os súditos falharam aos ensinamentos do mestre, diz o adágio popular: “Nem tudo que o mestre sabe ensina aos seus aprendizes”.

Dr. Silva literato, legislador, eficiente conhecedor de administração pública, líder inconteste, durante os períodos que presidiu a Casa com mão de ferro e o malabarismo do bom politico, adotou sistemática do toma lá e dá cá, não teve dificuldade para os acertos e desacertos junto ao Poder Executivo para o fiel cumprimento da missão junto aos seus pupilos.

Vaidoso por excelência soube administrar orçamento financeiro anual de R$7.000.000,00 (sete milhões de reais) aproximadamente, deu novo visual a Casa, ar provinciano não mais existe foi debelado, informatizou com internet, criou Salão Nobre, jornal ilustrativo, galeria dos imortais, painel de cultura à arte musical, programa radiofônico, tribuna popular, camponesíssimo em concessões de títulos honoríficos, medalha de condecoração Joao Valério de Oliveira, foi buscar a descrição fiel da primeira pessoa mulher vereadora de Itacoatiara a foto emoldurado mandou colocar em lugar de destaque no salão nobre da CM.

Disputar eleição majoritária sempre foi seu desejo decisão, vontade própria, forças ocultas impediam suas pretensões na hora “H” puxavam o tapete vermelho, insensível aos fatos por isso nada lhe tocou, o campo é vasto na sua potencialidade eleitoral e capacidade administrativa, lastimável semente de sua liderança plantada em terra pobre de fertilidade, não germinou frutos saudáveis sem agrotóxicos bicharam todos, não são mais seus súditos escafederam-se abandonaram o líder na hora do perigo, politico sem mandato e poder nem pra enterro é convidado.

“E agora José para onde...”

Vós sois um biótipo o palatino da democracia, com características que lhes são peculiares não deve vacilar, o Ex-Presidente deve aceitar o resultado da escolha do seu sucessor e reconhecer que nunca foi seu desejo calçar a sandália da humildade, se assim não procedesse, a história seria outra, cônscio de sua responsabilidade não foi o bastante para invocar o espirito de D. Pedro I Imperador do Brasil, faltou-lhe coragem para soltar grito de independência do Poder que presidia acredito que continua e esteja atravessado na garganta.

O Presidente Silva me privilegiou de sua amizade, participei de sua vida pública desde a época estudantil perdeu a batalha, mas não perdeu a guerra resta consultar seus santuários eleitorais mexer os pauzinhos e partir para novas conquistas.

“Ninguém se perde no caminho da volta”

Cena da “última comédia” convida o meu nobre amigo entoar a estrofe do samba de Ataulfo Alves: “.... Diz o dito popular morre o homem e deixa a fama e não desanima, levanta sacode a poeira e dá volta por cima.”

Dr. Silva! Cumpra aparecer entre nós com ética de homem público, cátedra, livre e digno de o ser. Você já conhece os bens e os males que lhe esperam e à sua posteridade. Queres ou não queres a liberdade de pensamento caso contrário quando estiver no último ciclo da vida hás de dizer: porque não usei todo o meu potencial intelectual para melhor servir meu povo que tanto precisou de mim?

Geralmente um político, que deixa de compartilhar da argamassa do poder que ameaçasse a democracia, era votado para ser banido ou exilado da vida politica por determinado tempo e ser mais uma vitima dos seus próprios erros, que triste sina.

Como zip de minhas simples e más traçadas linhas busco a História Universal: El Cid o grande guerreiro espanhol fingindo-se morto para ludibriar seus inimigos, solicitou aos comandados colocaram-lhe uma cruz entre os braços ficar de pé posta-lo em cima do cavalo para mostrar aos adversários está vivo, assombrados fugiram todos para avisar o rei, EL CID não havia morrido, possuidor de um pergaminho se revelado seu conteúdo levariam todos à forca. Faça como o bravo e destemido guerreiro espanhol, o que faz diferença é que você não está morto nem fingindo de morto, está vivo e com o bicho de pé.


Resolve Senhor! 

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